Astrônomos localizam um novo planeta orbitando nossa estrela vizinha
A pouco mais de quatro anos de luz, a estrela baixa proxima Centauri é praticamente ao lado de nós, cosmicamente falando. É conhecido por hospedar dois exoplanetos, mas pesquisas recentes utilizando o grande telescópio do Observatório Sul da Europa (A VLT da ESO) mostrou que esses dois planetas podem ter um irmãozinho, na forma de um dos mais claros exoplanetos já encontrados.
O planeta recém-descoberto, chamado proxima D, órbita extremamente perto de sua estrela a apenas 2,5 milhões de quilômetros de distância - menos de um décimo da distância entre mercúrio e o sol. É tão perto que leva apenas cinco dias para completar uma órbita, o que significa que está muito perto de estar na zona habitável (onde a água líquida poderia estar presente em sua superfície).
O planeta é apenas um quarto da massa da Terra, tornando extremamente leve por padrões de exoplaneta. "A descoberta mostra que o nosso vizinho estelar mais próximo parece ser embalado com novos mundos interessantes, ao alcance de mais estudos e exploração futura", disse o autor principal do estudo João Faria em uma declaração.
A minúscula massa do exoplaneta tornou difícil de detectar, então após as observações iniciais com o telescópio de 3,6 metros da ESO, os pesquisadores se voltaram para o espectrograma do Echelle para exoplanetas rochosas e instrumento de expresso espectroscópico (espresso) no VLT. "Depois de obter novas observações, fomos capazes de confirmar este sinal como um novo candidato ao planeta", diz Faria. "Eu estava animado com o desafio de detectar um sinal tão pequeno e, ao fazê-lo, descobrindo uma exoplaneta tão perto da Terra".
Muitos exoplanetos são descobertos usando o método de trânsito, no qual os astrônomos procuram pequenos mergulhos no brilho de uma estrela causada quando um planeta passa entre a estrela e os EUA. Mas esta exoplaneta foi descoberta usando um método diferente chamado a técnica de velocidade radial, procurando campos minúsculos nos movimentos de uma estrela causada pela gravidade de um planeta passageiro. Como o Wobble gravitacional causado por um planeta leve como o proxima D é tão pequeno, tradicionalmente, o método de velocidade radial foi usado principalmente para procurar planetas maiores.
"Essa conquista é extremamente importante", disse Pedro Figueira, cientista do instrumento expresso no ESO no Chile. "Isso mostra que a técnica de velocidade radial tem o potencial de desvendar uma população de planetas leves, como se espera que seja o mais abundante em nossa galáxia e que possam hospedar a vida como a conhecemos".
A pesquisa é publicada na revista Astronomia e Astrofísica.
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